Website em Manutenção

O website encontra-se em manutenção de momento.
Pedimos a vossa compreenção e prometemos ser breves.

Higiene das mãos: um gesto simples que salva vidas

2020-03-16

 

Nos últimos dias, mais do que em qualquer outra altura, temos sido constantemente alertados para o papel que a higiene das mãos desempenha na prevenção e propagação de doenças, como é o caso do novo coronavírus.


Sabemos, através da Organização Mundial de Saúde, que as mãos são as principais vias de transmissão de germes, não sendo por isso segredo que uma boa técnica de lavagem das mãos, com o produto certo, na hora certa, pode salvar milhões de vidas.

 

Estudos anteriores a esta pandemia, no entanto, mostravam que muitas pessoas - incluindo aquelas que trabalham em sectores críticos de higiene - ainda não lavam as mãos com a frequência necessária ou do modo correcto o que, em áreas e ambientes como saúde e indústria alimentar pode trazer sérias repercussões.
Segundo a OMS, mesmo em ambientes hospitalares, a regular higiene das mãos pode estar abaixo dos 40%.

A Food Standards Agency descobriu que 39% das pessoas não lava as mãos depois de utilizar a casa de banho, e 53% da população não lava as mãos antes de preparar a comida.

A higiene das mãos também tem um papel a desempenhar nos sanitários em geral - menos de 6% da população lava as mãos adequadamente, de acordo com um estudo de Borchgrevink, C.P.

 

Mas porque é que isto ainda acontece? E porque é que produtos de lavagem de mãos bem projectados podem ajudar a melhorar as taxas de eficácia da lavagem? 

 

Saúde

A primeira e mais óbvia área em que a higiene das mãos é crítica é a assistência médica.

As Infecções Hospitalares são uma ameaça persistente e séria à saúde dos pacientes e a inadequada higiene das mãos desempanha um papel importante.

No Reino Unido, um estudo da Universidade de Nottingham, descobriu que as Infecções Hospitalares causadas por superbactérias hospitalares, como C.difficile e MRSA, são responsáveis por pelo menos 5.000 mortes por ano; superior ao número associado a acidentes de viação.

Existem várias razões para a baixa efectividade da higiene das mãos na área da saúde.

Segundo um relatório do Fórum de Saúde da AHA, a questão é dupla: o factor humano e o método de comunicação.

A nível individual, a educação insuficiente pode levar a equívocos comuns; que o uso de luvas não requer lavagem das mãos; mais pressão de trabalho colocada à equipa médica pode levar a menos actos de higiene das mãos do que o necessário, ou simplesmente esquecimento. 

O combate à ineficaz higiene das mãos pode ser feito de várias formas:

   . É necessário maior consciencialização e educação, por exemplo, no ensino dos 5 momentos da OMS para higiene das mãos.

  . A colocação estratégica de recursos nas unidades de saúde pode ajudar, incentivando e lembrando os profissionais de saúde quando higienizar e lavar.

   . Pontos de distribuição bem posicionados e dispensadores mais pequenos e portáteis também podem ser eficazes. Os desinfectantes para as mãos à base de álcool foram referidos pela OMS como um método complementar para a lavagem com sabão, a fim de promover a eficácia da higiene das mãos nos estabelecimentos de saúde, pois requerem menos tempo e são altamente eficazes na eliminação de germes potencialmente prejudiciais.

   . A monitorização também pode ajudar na avaliação das taxas de higiene das mãos. Os métodos de observação existentes podem não ser confiáveis, mas os sistemas de monitorização baseados em tecnologia, podem lembrar os profissionais da necessidade da higiene das mãos e registá-los. Foi comprovado que estes fornecem dados precisos e confiáveis sobre os verdadeiros níveis de efectividade da higiene das mãos, de modo a identificar áreas de melhoria.

 

A Indústria alimentar

Outra área crítica com a higiene das mãos é a indústria alimentar, onde a contaminação cruzada de alimentos pode causar surtos graves de doenças. Trinta por cento dos surtos de doenças transmitidas por alimentos, podem ser atribuídos à falta de higiene pessoal, de acordo com um estudo da Epidemiol; muitas dessas doenças são evitáveis através da lavagem adequada das mãos.

Um estudo da Universidade Estadual do Oregon descobriu que os principais factores que afectam a higiene das mãos foram falta de tempo, instalações inadequadas, falta de responsabilidade e falta de apoio geral às práticas de lavagem das mãos no local de trabalho. Com o ritmo acelerado e a rotatividade na indústria alimentar, factores como barreiras linguísticas e falta de familiaridade com o ambiente de trabalho, também podem levar a mal-entendidos e uma baixa taxa de eficácia.

Mudanças comportamentais de longo prazo são necessárias para melhorar a higiene das mãos na indústria de alimentos. Recomenda-se uma maior consciencialização e educação dos riscos e procedimentos envolvidos, garantindo que o treino adequado seja realizado para que os funcionários estejam cientes de como evitar a contaminação cruzada. No entanto, para obter alta efectividade, os produtos certos precisam de ser fornecidos nos momentos certos - uma avaliação no local pode ajudar, identificando pontos críticos de controle de higiene das mãos.

Assim como no ambiente da saúde, se os produtos estiverem claramente sinalizados e rotulados, ajudará a promover uma lavagem das mãos completa e eficaz. A lavagem das mãos também deve ser complementada com o uso de desinfectantes para as mãos, que podem ser usados sem água, quando necessário, para proporcionar uma higiene das mãos rápida e acessível.

 

Protegendo a população em geral

Quando se trata de sanitários, embora seja menos crítica em termos de higiene em relação a doenças agudas, a lavagem das mãos é importante na prevenção de infecções em toda a população, em locais como escritórios, escolas e espaços públicos.

De acordo com o Center for Economic and Business Research, a economia do Reino Unido perdeu 4,9 mil milhões de euros em 2013 devido a baixas médicas relacionadas com a higiene.

A OMS afirma que 80% dos germes são espalhados por contacto pessoal ou por contacto com superfícies contaminadas e, em ambientes de escritório, por exemplo, se a higiene das mãos não é promovida pode manifestar-se rapidamente em absentismo e perda de produtividade.

Uma pesquisa recente da Royal Society for Public Health também constatou que, embora a importância da higiene das mãos seja geralmente bem compreendida pelo público, há alguma confusão sobre a relação entre germes e higiene e os momentos e situações em que a lavagem das mãos é mais vital.

Há uma ampla gama de factores que contribuem para os baixos níveis de efectiva higiene das mãos nos sanitários. Uma compreensão da diferença entre os tipos de sanitários é vital, assim como a consciencialização entre os utilizadores. Nos escritórios, por exemplo, é fundamental aumentar a informação sobre a higiene das mãos e os riscos potenciais, para realmente impulsionar a lavagem das mãos. Recurso a cartazes e placas podem ajudar a incentivar isso, assim como planos de formação e cuidados com a pele.

Um dos factores importantes é o fornecimento de produtos de qualidade e a sua apresentação. Produtos fáceis e agradáveis de usar, com um aroma agradável e cuidados com a pele, transmitem frescura e limpeza ao utilizador, incentivando a regular a higiene das mãos.

Apesar do exposto, as taxas de conformidade com a higiene podem rapidamente tornar-se irrelevantes se o próprio sanitário não for higiénico ou se os produtos estiverem contaminados. Geralmente vistos em sanitários colectivos, as saboneteiras que são cheias a granel podem realmente apresentar um sério problema de higiene. Germes e bactérias transportadas pelo ar podem entrar no reservatório de sabão, potencialmente contaminando o sabão - esses dispensadores também costumam ser limpos ou recarregados inadequadamente.

O procedimento determina que os mesmos devem ser esvaziados e limpos cuidadosamente em cada recarga, no entanto, isso raramente acontece, o que significa que o sabão contaminado é simplesmente reabastecido. De acordo com um estudo realizado por Chattman, Maxwell e Gerba, 25% dos dispensadores públicos de sabão a granel recarregáveis estão contaminados com níveis inseguros de bactérias e podem deixar as mãos com 25 vezes mais bactérias após a lavagem.

A opção são os dispensadores de sabão de recarga que são selados e trarão higiene máxima, com uma dose de produto fresco dispensado de cada vez.

A manutenção dos sanitários tem um impacto significativo na higiene das mãos e, com uma recarga mais facilmente substituível, fica mais fácil e mais simples para os profissionais de limpeza. Com dispensadores de sabão visivelmente mais limpos e agradáveis, é muito mais provável que os utilizadores lavem bem as mãos.

Estas recargas não são apenas mais higiénicas, quando combinadas com sabonetes de espuma, são muito mais económicas, com economia de tempo de recarga e uso de água, além de reduzir o uso e a embalagem do produto.

Embora os riscos de uma higiene inadequada das mãos sejam claros para a maioria dos utilizadores, um sanitário limpo e a disponibilidade do produto costumam ser a principal preocupação. Seja em ambientes críticos para a higiene ou em sanitários, é claro que mais poderia ser feito, para aumentar a consciência sobre o risco e tornar a higiene das mãos importante para os utilizadores.

 

Concluímos então que restrições de tempo, falta de informação e instalações desadequadas são factores comuns em todos os sectores, desde hospitais a sanitários de escritórios, para a inadequada lavagem das mãos.
Mais educação, informação e fornecimento de produtos de cuidados com a pele, de qualidade e seguros, podem ter um enorme impacto nas taxas de eficácia da higiene das mãos, reduzindo assim a propagação da infecção e, finalmente, o risco de vida em todos os sectores.
Fiquemos então atentos e façamos da aprendizagem de hoje uma rotina de higiene para a vida (nossa e dos outros).

 

Traduzido e adaptado da European Cleaning Journal

Voltar

Partilhe nas redes sociais: